O número de doadores de órgãos em 2021 foi 4,5% menor que o registrado em 2020. Em números absolutos, a diferença foi de 123 doadores a menos. Enquanto, em 2020, eles eram 3.330, no ano passado houve apenas 3.207 doadores. Uma redução significativa, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto), uma vez que o número de doadores já tinha diminuído bastante devido à pandemia da covid-19 – em 2019, foram 3.768 doadores efetivos.
Segundo a Abto, a nova queda do número de doadores efetivos ocorreu na contramão do aumento das notificações a potenciais doadores de órgãos ou seus familiares. No ano passado, foram feitas 12.215 notificações – o melhor número já obtido, superando as 11.399 de 2019 (em 2020, já no contexto pandêmico, foram 10.639).
Para a associação, algumas das medidas adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus, enquanto o mundo inteiro lidava com as incertezas quanto a melhor forma de enfrentar a covid-19, acabaram por impactar a doação e o transplante de órgãos, fazendo com que a taxa de contraindicação a doações aumentasse.
A Abto aponta que só a lista de espera para o transplante renal (27.427) cresceu, em 2021, 2% em relação ao ano anterior. Em relação a outros órgãos, também foi registrado um aumento da procura.
Fonte: Agência Brasil